quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Tudo é Maya

A Física Quântica e os Vedas têm a mesma visão quanto à inconsistência do mundo visível - o chamado universo manifestado.

"O cosmos não existe. Ele é uma ilusão: nunca é, foi, ou será. A criação do cosmos, a dissolução do cosmos, estes bilhões de indivíduos emergindo e se fundindo - tudo isto é somente um sonho. Não há espírito individualizado separado; então, como pode haver bilhões de espíritos? Há somente um Indivisível Completo Absoluto. Do mesmo modo que um Sol se reflete como um bilhão de Sóis em um bilhão de lagos e outros corpos d’água, as almas são apenas reflexos do Uno nas mentes que O refletem." (Sri Sathya Sai Baba)

"As escrituras mais antigas que conhecemos, os Vedas, descrevem o mundo físico como ilusão, maya. A física quântica afirma que a realidade não é o que vemos; na melhor das hipóteses, ela é praticamente vazia, ondas de nada insubstancial." (William Arntz, produtor do filme "Quem Somos Nós?").

O vocábulo maya, em sânscrito, tem um significado bem mais amplo do que a simples tradução "ilusão". Maya é o grande poder que materializa o cenário externo e sua multiplicidade de formas. Nossa incapacidade de enxergar a essência através dessas imagens externas é que faz com que Maya nos pareça ser uma grande ilusão.
O estudo da física moderna, ao mergulhar nos mistérios do átomo, descobriu que só aparentemente os objetos parecem sólidos. A matéria é infinitamente mais vazia do que nossos olhos físicos conseguem perceber. Somos todos míopes, enxergando apenas uma fração mínima da realidade. É justamente essa miopia que nos dá a sensação de separatividade, de dualidade. Esta sensação é fruto da nossa ignorância. Se pudéssemos enxergar sem os véus que encobrem a realidade, perceberíamos que tudo é unidade e a separatividade é uma idéia ilusória. 

"Não há essencialmente nada na matéria - ela é completamente insubstancial. A coisa mais sólida que se pode dizer a respeito de toda essa matéria insubstancial é que ela é mais como um pensamento; é como um bit concentrado de informações." (Jeffrey Satinover, médico).

Um conglomerado de informações, um sonho, um holograma... o universo manifestado é bem menos sólido do que pode sonhar nossa vã filosofia...

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